quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Elis chegava em casa numa noite cheia de estrelas. Tirou o seu sobretudo preto e colocou no gancho ao lado da porta da sala, caminhou lentamente até a cozinha, olhou para o relógio, abriu a geladeira e tirou a água. Elis tinha uma sede acumulada, uma sede enorme. Colocou a água no copo, fechou os olhos e tomou rapidamente para matar a sede. Ligou o som, botou um tango, foi em direção ao espelho e começou a dançar. Elis dançava, dançava, dançava... E nesse momento podia ser o que lhe agradava. Sem preocupações, sem medos.

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