quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Elis abria o velho guarda roupas em um dia cinza de uma vida cansada. Procurou uma roupa preta entre as brancas e, não achou. O que achou foi à caixa, a caixa das lembranças, a proibida caixa. Naquele momento mais do que nunca um sentimento nostálgico, pesado correu rapidamente da ponta do pé a raiz do cabelo. Estática saiu do ar por algum tempo, percebendo como tudo passa e, quando sintonizou novamente, jogou a caixa no lugar mais distante possível. Elis não gostava das lembranças, ela não costuma lembrar o que acontecera, para tentar manter um equilíbrio fingido.

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