Fiquei com o gosto do tédio em minha boca. Minha mão parada, sem fazer nada.O ventilador rodando rodando com seu vento bem fraco e... pelo amor do céu, que calor. A música continuava a tocar e eu já não estava satisfeita com ela, mas estava estática, não levantava do sofá para desligar o som. Assim, sucessivos pontos finais em meus pensamentos foram correndo como pingos de uma torneira mal fechada. Resolvi levantar, às vezes é preciso, fui ao banheiro lavar o rosto em uma tentaiva de acordar daquela preguiça conformada e a água gelada da meia noite foi caindo no meu rosto. Aos poucos fui sentindo o despertar lentíssimo de cada parte do meu corpo e de repente,em um momento de agito, meu nariz sangrou. Pensei "ele só sangra quando tenho muita coisa para fazer e hoje tudo que comecei não terminei, aliás onde está meu potencial cri-a-ti-voca-ti-vo? Sinceramente! Hoje foi um dia tão perdido no tempo. NÃO! Na verdade, tenho muita coisa para fazer e de tanta coisa, não consigo começar e terminar nada!"
Pois é, às vezes é preciso que algo sangre, molhe,mude de lugar, organize,exploda (exagero, né?!) para que exista uma transmutação.
Apaguei a luz, dormi acreditando que o outro dia seria diferente.
Pois é, às vezes é preciso que algo sangre, molhe,mude de lugar, organize,exploda (exagero, né?!) para que exista uma transmutação.
Apaguei a luz, dormi acreditando que o outro dia seria diferente.