Então Alice desceu do trem, caminhou pela estação sem prestar atenção nas pessoas e no lugar. Ela só sentia a sua situação. E foi sentindo, sentindo... De repente não mais que de repente estava lá dentro do sebo, na frente da pratileira dos livros meramente classificados como romance. Olhou, olhou, absorveu e se deparou com um livro desordenado, em relação aos outros politicamente corretos. Abriu o livro e caiu na pág 28 lendo assim:
"TEATRO MÁGICO
ENTRANDA SÓ PARA RAROS
SÓ PARA RAROS"
e mais embaixo:
ENTRANDA SÓ PARA RAROS
SÓ PARA RAROS"
e mais embaixo:
"SÓ PA...RA..LOU...COS!"
Encantada com a simplicidade e objetividade e intensionalidade daquelas palavras retirou a sua pré-suposição de não levar fé naquela estória. Olhou o nome do livro e escolheu a segunda opção, escolheu o livro que queimasse. No fundo no fundo, Alice sabia que era disso que precisava.